Mão-Pé-Boca: Doença atinge crianças e requer cuidados para evitar a transmissão

A doença costuma aumentar em períodos mais quentes e úmidos, como a primavera. O Pediatra Dr. Eraldo Guimarães, do Grupo Donadel Guimarães, explica como prevenir e identificar os principais sintomas da infecção viral.

A Mão-Pé-Boca é uma infecção viral altamente contagiosa, causada principalmente pelo vírus Coxsackie. Embora mais frequente em crianças menores de cinco anos, pode acometer pessoas de qualquer idade. O nome da doença está relacionado às lesões características — vesículas e manchas vermelhas — que surgem nas mãos, pés e dentro da boca.

Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, foram registrados 391 casos entre janeiro e março de 2023, um aumento de 149% em relação ao mesmo período de 2022. Só no primeiro trimestre de 2023, os registros já ultrapassavam todo o volume de casos do ano anterior, que somava 385 notificações.

O Pediatra do Grupo Donadel Guimarães, Dr. Eraldo Guimarães, destaca que, embora não seja considerada uma doença grave, ela apresenta alto potencial de transmissão, especialmente em ambientes coletivos.
“É uma infecção que se espalha rapidamente em creches e escolas. A transmissão ocorre pelo contato direto com secreções de pessoas infectadas — saliva, muco respiratório e fezes — ou através de superfícies e objetos contaminados”, explica o especialista.

De acordo com o pediatra, o pico de contágio acontece na primeira semana da doença, embora o vírus possa permanecer presente nas fezes por várias semanas após a recuperação. O período de incubação varia entre três e sete dias. Nesse intervalo, os primeiros sintomas costumam ser febre alta, mal-estar e dor de garganta.

“Logo depois, surgem outros sinais importantes, como úlceras dolorosas na boca, semelhantes a aftas, que dificultam a alimentação e a ingestão de líquidos. Além disso, aparecem erupções vermelhas nas palmas das mãos e solas dos pés, que, em alguns casos, podem se estender para nádegas e genitais”, explica o Dr. Eraldo.

Cuidados essenciais com a doença

A Mão-Pé-Boca é uma doença autolimitada, ou seja, tende a desaparecer sozinha entre sete e dez dias, sem necessidade de antivirais específicos. Mesmo assim, alguns cuidados são essenciais para garantir uma boa recuperação.

“O tratamento consiste no alívio dos sintomas com analgésicos e antitérmicos orientados por um médico, além da hidratação adequada”, reforça o pediatra.
Como as lesões na boca podem causar dor intensa, é importante incentivar o consumo de líquidos — preferencialmente frios e doces — para evitar a desidratação, que é a complicação mais comum em crianças.

Como prevenir a transmissão?

A prevenção depende, principalmente, de hábitos rigorosos de higiene:

  • Lavar as mãos frequentemente, especialmente após usar o banheiro, trocar fraldas e antes das refeições;

  • Manter crianças infectadas afastadas de ambientes coletivos até o fim do período de contágio;

  • Higienizar brinquedos, móveis e objetos compartilhados com soluções desinfetantes apropriadas.

O Pediatra do Grupo Donadel Guimarães, Dr. Eraldo Guimarães, reforça que essas medidas são fundamentais para quebrar a cadeia de transmissão, especialmente em locais com grande circulação infantil.

Apesar de raras, complicações podem ocorrer. Procure atendimento médico imediato em casos de desidratação grave, febre persistente ou sinais neurológicos como dor de cabeça intensa, sonolência incomum ou rigidez na nuca.

Caso tenha dúvidas ou precise de mais informações sobre as visitas, entre em contato com nossa equipe!

Hospital Jardim Vitória

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